Grupo 2
Secção 1 - Tipo Pincher e Schnauser
São raças irascíveis, que ladram de uma forma vigorosa perante estranhos e reagem activamente perante situações que não consideram normais. Alguns chegaram a adquirir uma fama negativa de animais assassinos como é o caso do Dobermann, uma situação verdadeiramente injusta. Estes cães tem uma função imprescindível isto é, alarmar. O ladrido de um cão é uma arma dissuasória muito convincente, pois poucos seres humanos se atrevem a enfrentar um cão, pelo que supõe um sinal de aviso magnífico. O ladrido como instrumento de defesa provém do costume ancestral dos lobos de reunir a matilha, uivando para enfrentar qualquer problema que pudesse apresentar-se. Seguramente, a adopção do ladrido para guardar as possessões do homem, assegurou a estes cães um lugar a seu lado desde há milhares de anos. Provavelmente, o ladrido do cão com intermitências foi a primeira característica que o homem seleccionou entre os canídeos selvagens com quem partilhava a sua vida, desprezado os outros com tendência ao uivo prolongado. De facto, os lobos não sabem ladrar e são muito poucas as raças caninas que uivam. Os cães deste grupo são verdadeiros atletas, animais fogosos e de viva inteligência. Ainda assim, podemos acrescentar a estas características o seu forte carácter mas ao mesmo tempo maleável combativo e com uma predisposição natural para o trabalho e à aprendizagem (que sempre realizam com alegria). Todas estas qualidades levaram a ter bastante êxito e ser colocado em lugares de honra no trabalho desportivo assim como nos concursos de adestramento.
Secção 2 - Molossóides
Este nome tão sonoro foi já muito utilizado para designar as diferentes raças de cães de tamanho grande que existiam no Peloponeso e nos Balcãs, mas provém da cidade de Molosia, da região de Epiro. É normalmente atribuída aos Fenícios toda a difusão destes cães ao longo da Bacia do Mediterrâneo.
Hoje em dia é possível encontrar raças tão prestigiadas como o Mastiff Inglês, o Boxer, o Mastim Napolitano entre os molossóides de presa; e o Terranova, o São Bernardo ou o Mastim do Tibet entre os cães de montanha.
Estes grandes cães foram utilizados nas guerras como armas terríveis para atingir a cavalaria inimiga. Cobertos com armaduras de couro cravejadas com picos afiados, enfrentavam os cavalos inimigos, aos quais faziam profundas feridas no ventre. Os cães molossóides foram sempre utilizados como cães de guerra; por exemplo, a cidade corsária de Sant-Malo era defendida e guardada por Dogues que impediam a entrada de tropas reais durante as corridas delituosas dos seus moradores.
Durante a conquista da América, os espanhóis levaram um grande números de cães molossóides da raça conhecida como alano, alguns dos quais chegaram a ter a mesma glória que os conquistadores e em relação aos quais cobravam "soldos" pelo seu trabalho.
Devemos recordar especialmente Becerrillo que se destacou na conquista de Porto Rico, e sobre ele escreveu Lopez de Gomara: "Os índios tinham muito medo de Becerillo de cor avermelhada, que lutava corajosamente e conhecia os seus amigos e não fazia mal... Parecia uma flecha quando nadava atrás de um índio fugitivo". Apesar deste passado um pouco sanguinário, os molossóides são cães equilibrados, extremamente dóceis e afectuosos com o seu dono, constituindo um dos grupos caninos mais vistosos pelo seu gigantesco tamanho.
São animais dotados de patas grossas, grandes cabeças, lábios suspensos e um peso que pode alcançar e ultrapassar os 100 quilos, características estas que impedem que passem despercebidos onde quer que se encontrem.
Secção 3 - Boeiros suíços
Fazem parte desta secção quatro raças: o Bouvier Bernoir, o Bouvier d' Appenzell o Bouvier de Entlebuch e o Grand Bouvier Suisse.
Secção 4 - Raças Releacionadas
Nesta secção, destacamos a raça Great Japanese Dog.
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