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Que nome dar-lhe?
A procura do nome mais adequado para o cachorro é sempre um momento divertido que implica toda a família. Depois de ter conhecido e observado o cachorro, recorde que os nomes de duas consoantes que terminam em "o" ou "a" são mais facilmente reconhecidos pelo cão do que os ricos em consoantes, que podem ser confundidos com as ordens. Depois de ter escolhido o nome, utilize-o frequentemente associando-o a momentos de brincadeira e ao encontro com o cão, pois assim o cachorro aprenderá rápida: mente a reconhecê-lo e a responder.

O momento da chegada
Em primeiro lugar, deve ter-se presente que o cachorro está medroso perante tudo o que o rodeia: portanto, deixe-o livre para que explore a casa e o jardim (mas tendo-o sob controlo) com o objectivo de que adquira maior segurança no novo mundo que o rodeia. Nestes primeiros momentos deve tê-Io o mais próximo possível, porque o contacto com o seu corpo transmitir-lhe-á segurança e recordar-lhe-á o calor da mãe e dos seus irmãos.
É sobretudo importante não o deixar sozinho muito tempo: o cão é um animal de matilha e sofre muito em situações de isolamento e de solidão. Não deve ser submetido a ruídos incómodos e se houver crianças não deve permitir-lhes que o maltratem; deve ensinar-lhes de imediato qual deve ser o comportamento que devem ter para com os animais, o que podem e o que não podem fazer.

  • Quando se dirigir ao cachorro, faça-o num tom suave. Quando o agarrar entre os seus braços, segure-o com uma mão por debaixo das extremidades posteriores e outra no peito.
  • Se o cachorro for muito pequeno (entre cinco e seis semanas), provocará de imediato algum problema e sujará a casa: não é necessário que ralhe com ele nem que lhe bata ou que lhe esfregue o focinho no molhado. Tenha presente que nesta idade o cachorro não possui ainda o controlo dos esfíncteres e uma reacção violenta do seu dono provocaria só receio e medo de si, comprometendo a sua futura relação. Deve ensinar-se o cachorro a comportar-se correctamente com delicadeza, utilizando uma linguagem compreensível para ele (ver informação sobre educação e adestramento).
  • Se tiver outros animais, será conveniente que o conhecimento recíproco se faça sob discreta vigilância. Os cães adultos, sobretudo os machos, têm tendência para se irritarem com a presença de outros animais. É mais fácil a aceitação de um cachorro por parte de um gato, contrariamente ao que se pensa; o gato terá tendência para passar mais tempo fora de casa até ter aceite a presença do recém-chegado.
  • Só quando estiver completamente adaptado à nova família e à casa poderá ser levado a passear, tornando-se assim sociável com pessoas e animais do mundo exterior (aceitando nesta fase o controlo do dono).

Nos primeiros dias é importante inspirar confiança e segurança ao cão. Isto de pende exclusivamente do dono, cujo comportamento com o cão influi no carácter do animal: um cachorro feliz será em adulto um cão equilibrado e sociável.

Algumas precauções
Se decidiu acolher um cachorro em casa, deverá adoptar algumas precauções que evitarão lamentáveis inconvenientes. A primeira vista, a lista apresentada pode assustar, mas não é difícil aperceber-se de que se trata só de leves modificações na vida familiar, que não requerem qualquer sacrifício particular (entre ou tros, trata-se de precauções, provavelmente já adoptadas, se na casa houver também um bebé).

Dentro de casa
Considere que o cachorro se comporta exactamente como uma criança pequena: é curioso, não tem noção do perigo e, se não se controlar, pode cair facilmente num mar de perigos.
Há que ter cuidado com os pregos salientes, os cabos soltos (eléctricos e do telefone); os cachorros encontram-nos e roem-nos. Devem estar bem fechados os locais onde se guardam os materiais de limpeza, os medicamentos e as ferramentas perigosas. Não deixe ao seu alcance objectos ou adornos que possam cair em cima dele. Se o deixar sozinho, evite que possa subir para o sofá ou apoderar-se dos seus sapatos ou da sua roupa.
Deve proteger as varandas, terraços e escadas.

O jardim
Cuidado, ao deixar as saídas de rega abertas. Controle se a sebe da cerca se encontra sólida e não possui aberturas por onde o cachorro possa passar (um cachorro é muito mais pequeno e elástico do que uma criança); verifique se o cão não pode passar através ou por debaixo de barrotes de sebes. Enquanto o cachorro for pequeno, devem tapar-se os tanques, se existirem. Verifique se as gaiolas dos pássaros estão bem seguras.
Não deixe a garagem aberta (território de descobertas particularmente apreciado e perigoso), nem tão-pouco a cancela da horta (os cães gostam de enterrar os seus tesouros). Evite que decida integrar na sua dieta quantidades de adubo (preferem o esterco fresco dos cavalos, mas não desprezam os caixotes sujos dos gatos).
As ferramentas de jardinagem devem ser arrumadas no local habitual {sobretudo tesouras de poda, cortadoras eléctricas e motosserras). Não deixar ao seu alcance raticidas, pesticidas, herbicidas ou qualquer outra substância de toxicidade elevada.
Uma última consideração: atenção também à presença no jardim de algumas plantas cuja ingestão seja tóxica para o animal (adelfa, agárico, azálea, hera, teixo e outras).

A sua casa
O melhor para o cão, seja cachorro ou adulto, é ter um espaço que seja todo "seu".

A casota fora
Se tivermos jardim, podemos construir um recinto amplo, num lugar seco, não exposto a correntes de ar, do qual o cão possa sair para fazer o exercício necessário, distrair-se e estar na sua companhia.
O recinto deverá ser fechado por uma sebe metálica ou plastificada, robusta e bastante alta, segura com estacas de madeira tratada ou metálicas. Por precaução, a sebe do recinto deve estar enterrada pelo menos 20 cm a 30 cm ou então cimentada com um muro de 15 cm de altura, de forma a que o cão não possa fugir por debaixo.
O recinto deverá ter uma porta cómoda de acesso com uma fechadura forte e dispor de sombra pelo menos em metade do espaço, por meio de um toldo ou com plantas. Um solo ligeiramente inclinado para a salda facilitará a limpeza e o esvaziamento de líquidos na direcção do esgoto. O melhor material para o chão é ladrilho ou cimento.
Na zona inferior do recinto, possivelmente na parte com sombra, colocar-se-á a casota: ampla e dividida em dois compartimentos (um para a noite, mais arranjado, e outro para o dia, à frente), deve estar elevada do solo e possuir um tecto desmontável para facilitar a limpeza do interior. O ideal seria construir ao fundo do recinto uma casa verdadeira de madeira, que tenha à frente uma janela à medida para a renovação do ar e uma abertura de acesso, uma base de cimento que a levante da terra e um chão de borracha antiderrapante.
No interior poderá colocar-se uma cama para cães (à venda em diferentes medidas), ou então construir um autêntico departamento para a noite, colocando no fundo - sobre uma superfície de madeira plana a 20 cm de altura, do comprimento da casota e com uma largura igual a uma terça parte da parede do fundo - um colchão com as mesmas dimensões da base de madeira, com uma cobertura que se possa retirar e lavar, o que permite manter uma higiene imprescindível, se se quiser evitar afecções da pele e da pelagem do cão.
- o cão ir-se-á habituando a passar períodos de tempo mais ou menos longos no recinto. No entanto, não é aconselhável fechá-lo dia e noite: não seria bom para a sua saúde física e psíquica.

A casota dentro de casa
Se não tiver a sorte de dispor de um jardim ou se escolheu um cão de estatura pequena ou de companhia, deverá organizar em casa, numa sala não muito frequentada, um sítio para ele ou eles. Lembre-se de que ter um local próprio, onde não possa ser incomodado, transmite ao cão segurança e sentido de protecção.
- Para os primeiros tempos pode ser suficiente uma caixa de cartão com uma abertura na frente e uma cama de folhas de jornal.
No interior, colocam-se alguns dos seus brinquedos, uma manta ou um colchão e, eventualmente, uma camisola velha ou qualquer outra peça de vestuário com o cheiro do dono, o que o tomará certamente feliz.
Este sítio deve ser absolutamente privado: não o retire à força do seu canto e não permita que as crianças o vão provocar durante os momentos de descanso. Quando se portar mal, não deve mandá-lo para a casota, pois associaria o seu canto a um local de castigo em vez de um sítio agradável para descansar.
- Mais tarde, quando o cachorro for mais velho e tiver completado o período da dentição (e, portanto, tiver uma menor tendência para roer tudo) poderá pensar numa caso ta mais robusta Dou escolher uma das muitas opções que podem encontrar-se à venda nas lojas da especialidade: camas, cestos abertos num lado, de vime ou de plástico, que tenham o interior acolchoado (com almofadas fofas e cujas capas se possam tirar e lavar comodamente).

O equipamento útil
A tigela
Necessitará de duas tigelas: uma para a água e outra destinada à comida. A tigela da água deverá estar sempre cheia e ao seu alcance; coloque-a num lugar afastado, mas sempre acessível. É aconselhável colocar um tapete de borracha por debaixo da tigela para evitar que o cão salpique à volta (isso pode também ser útil para a tigela da comida, pois assim os resíduos não sujarão o chão).
Nas lojas especializa das encontrará uma infinidade de tipos de tigelas, de todos os tamanhos e cores. Entre todas, as mais fáceis de limpar são, provavelmente, as de aço inoxidável, enquanto as que têm o bordo alto são úteis para evitar que as longas orelhas de alguns cães acabem por se sujar na comida.

Pentes e escovas
Limpar e manter em ordem a pelagem do cão é uma prática essencial para a sua saúde: duas ou três vezes por semana, para os cães de pêlo curto, e uma vez por dia, para os de pêlo comprido. O momento de escovagem deverá ser introduzido muito cedo na vida do cachorro, tornando-se um momento agradável, e essas "carícias" consolidarão a relação entre si e ele.

Coleiras e trelas
Existem de todos os tipos e materiais, de couro, de nylon, de tecido... todas servem, a única diferença está no preço (as mais caras são as de couro). Achará as trelas extensíveis muito como das e práticas, assim como os peitorais que rodeiam o peito: evitam dar puxões inúteis ao pescoço do cão, sobretudo se
for ainda cachorro, que, arrastado pela vontade de dar o passeio e por falta de adestramento, se põe a "puxar" como um desesperado. A coleira que tem a chapa com o nome do dono deve ser macia e não deve estar excessivamente justa para não prejudicar a respiração; as coleiras de corrente são adequadas para cães grandes. Habitue o cachorro a usar a coleira desde pequeno (oito semanas).
Deve pensar também em comprar um açaimo (adaptado ao seu tamanho); coloque-o quando adulto sempre que for necessário: alguns cães são muito renitentes a usá-lo, mas se desde pequeno o fizer entender e aceitar como se fosse uma brincadeira evitará contínuas lutas horríveis e maçadoras.
No momento da escolha da coleira e da trela deve guiar-se pelos modelos mais adaptados ao tamanho do cão.

Brinquedos seguros e divertidos
A partir da altura em que nos consideramos adultos, muitos de nós) esquecem-se do é brincar. Os cães fazem-nos recordá-Ia, pois adoram brincar. Alem disso, a relaçao que desenvolve com o seu cao baseia-se no tempo que passa com ele. Quando lhe atira a bola, brinca às escondidas com ele pela casa fora ou dá uma corrida, está a criar laços com o seu cão e a cimentar essa relação maravilhosa e única que só os dois irão partilhar.
Os brinquedos dos cães devem ser seguros e resistentes. Não devem ter cantos afiados ou bocados que possam ser arrancados e engolidos. Devem ser suficientemente duros para suportar roedelas e mastigadelas sem se desfazerem. Além disso, devem ter o tamanho certo para o seu li cão: nunca demasiado grandes, com os quais não consiga brincar, nem demasiado pequenos, de modo a não os engolir. Estes são alguns , brinquedos bons para o seu cão:

Bolas de ténis
Embora estas bolas tenham sido inventadas para jogar ténis, na realidade elas parecem ter sido criadas para serem o brinquedo ideal dos cães. Atiram-se com facilidade, saltam que é uma maravilha, e a maioria dos cães adora-as. Livre-se delas quando começam a deteriorar-se, para evitar que o seu cão engula pedaços de feltro ou de borracha.

Outras bolas
Dê-lhe apenas com bolas que sejam seguras para o seu cão. Nada de bolas de golfe (demasiado pequenas e duras) nem bolas de basebol (demasiado duras e fáceis de abocanhar). Assegure-se de que a bola é suficientemente pequena para o seu cão lhe pegar, mas razoavelmente grande para que o seu cão não sufoque ou\ a engula.

Brinquedos de mastigar
É nommalmente seguro deixar a maioria dos cães mastigar ossos de couro cru, mas é melhor vigiar o seu cão. Há cães que ficam agitados e tentam engolir objectos grandes, podendo ficar asfIxiados. Ossos duros de nylon ou borracha, feitos especialmente para os cães morderem, costumam ser seguros. , Não dê ossos da sua refeição são brinquedos muito perigosos!

Brinquedos para morder e saltar
Estes brinquedos de borracha parecem bonecos de neve, com três bolas comprimidas, de tamanhos diferentes. Quando atirados, saltam em várias direcções, o que torna o clássico "Busca, Bobi!" num desafio a sério. Também são ocos e se os rechearmos com queijo cremoso ou outras lambarices ajudam a manter um cão ocupado e longe de sarilhos durante um bom bocado.

Dado de plástico
Este cubo de plástico também é oco. Tem um orifício de um lado, por onde o pode encher de biscoitos para cão ou outras gulodices. Em seguida, pode colocá-lo de modo a largar uma ou mais unidades de cada vez. À medida que o cão vai rodando o cubo com o focinho, as gulodices vão saindo. Os cães rapidamente entram no jogo, e mantêm-se ocupados com o brinquedo durante bastante tempo.

Brinquedos que chiam
São brinquedos muito engraçados, a nao ser que o seu cão seja um verdadeiro destruidor. Há cães que brincam com estes bonecos e divertem-se imenso com o ruído do guincho. Outros tentam logo dar cabo dele e desatam a roê-Io, despedaçando-o. Além de sujar a casa toda, o cão também corre o perigo de engolir bocados do brinquedo.

Brinquedos para puxar
São objectos bastante divertidos para dois cães brincarem juntos ou para jogos de buscar... Porém, não os use para brincar ao jogo da corda com o seu cão, pois está a ensiná-Io a usar a força dele contra si, e essa é uma lição que ele não deve aprender. Tenha cuidado com este brinquedo se o seu cão gostar de roer - não o deixe engolir pedaços de corda!

A primeira noite
Embora se tenha preparado um lugar tranquilo e confortável, o cachorro, tratando-se da primeira noite num lugar desconhecido, e ao carecer da presença e do calor da mãe e dos irmãos, pode sentir-se abandonado e começar a latir e a chorar. Não serve de nada tranquilizá-lo com a voz a partir do nosso quarto: passados poucos minutos voltará a começar de forma mais estridente e lastimosa. Devemos evitar os gritos se não quisermos que a sua preocupação aumente.
Com o objectivo de não passar uma noite infernal não há outra possibilidade do que levar a sua cama para o nosso quarto, para que, ao aperceber-se da presença dos donos, se tranquilize. Não se esqueça, no entanto, que esta medida só vale para a primeira ou quanto muito para a segunda noite. Nas seguintes, deve deixar-se na sua cesta uma camisola velha ou qualquer outra peça de roupa que tenha o odor do seu dono, os seus brinquedos favoritos e não se deve ligar aos seus lamentos; o mais provável é que se acalme pouco tempo depois.
É muito importante não permitir que suba para a cama se não quiser que, uma vez em cima, não volte a descer.

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